Como a Educação Financeira pode te ajudar a driblar a inflação

Como a Educação Financeira pode te ajudar a driblar a inflação:

O IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – que é o índice oficial para medir a inflação no Brasil, registrou o seu maior patamar em quase 25 anos!
Certamente essa estatística assusta, mas não precisamos dela para perceber o impacto da inflação no nosso dia a dia. Basta ir ao supermercado, abastecer o carro ou olhar para nossas contas de consumo.
A situação é ainda pior quando esse aumento generalizado nos preços não é acompanhado de aumento salarial, o que comumente ocorre.
Nesse caso, precisamos arregaçar as mangas e agir para recuperar o nosso equilíbrio orçamentário. Essa ação pode ocorrer em duas frentes distintas: aumentando receitas e diminuindo despesas.


EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Nunca foi tão evidente a necessidade de voltar o olhar para a educação financeira, de forma que a alteração no nosso padrão de comportamento seja feita de maneira organizada, garantindo assim um resultado eficaz e duradouro.
Para a questão do aumento das receitas, considere fazer alguns trabalhos esporádicos no seu tempo livre. Pense a respeito das suas habilidades e serviços que pode oferecer. Além disso, procure objetos sem uso em casa e anuncie para venda. Você pode gerar uma renda extra interessante a partir disso e contribuir com quem precisa adquirir algo, mas não pode pagar por um objeto novo.
Já para a diminuição das despesas, adotar um padrão de comportamento e consumo mais conscientes é crucial. Isso passa pela adoção de uma postura de maior cuidado com o uso do dinheiro no dia a dia. E isso deve ser feito de maneira organizada, registrando todos os gastos, desde os fixos (condomínio, plano de internet, escola dos filhos) até os variáveis (combustível, supermercado, farmácia). A ideia é ter clareza não só de quanto você gasta, mas também como gasta, isto é, seus hábitos de consumo.
Para garantir a sua saúde financeira você nunca deve gastar mais do que ganha. Seu padrão de vida deve ser compatível com o orçamento disponível.
Adotando algumas práticas simples no seu dia a dia, você poderá ser capaz de recuperar o equilíbrio do seu orçamento e, inclusive, fazer sobrar para investir.


SE LIGA NESSAS DICAS:
Planeje: a falta de planejamento é o grande vilão das finanças:
1) Faça lista de supermercado de forma a adquirir apenas o que precisa e não adquirir itens que já tem em casa;
2) Faça lista de viagem para não adquirir coisas por ter esquecido de levar;
3) Otimize os serviços da casa para não desperdiçar tempo, água e energia elétrica;
4) Planeje as refeições para aproveitar o que tem e não deixar alimentos estragar ou perder a validade;
5) Planeje os deslocamentos e rotas para economizar tempo e combustível;
6) Planeje a compra de presentes fora das datas comerciais e em ações promocionais.
 Não despreze pequenos gastos: fique atento aos gastos que você considera de pouca representatividade (assinaturas, APPs, água na rua, docinho, café, tarifas, vícios).
R$ 5 por dia são R$ 1.800 no ano. E isso pode significar poder tirar férias ou não.
 Avalie de maneira consciente a necessidade de comprar: são 3 perguntas básicas a fazer antes de qualquer compra. Essas perguntas te ajudarão a não ceder aos apelos do marketing:
1) Eu preciso desse objeto? Se você não precisa, não compre. Se você precisa, faça a pergunta número 2.
2) Eu tenho dinheiro? (o mesmo que eu posso?). Se você não tem dinheiro “obrando”para isso, não compre. Se você tem folga no seu orçamento, vá para a pergunta número 3.
3) Tem que ser agora? Se você pode esperar e aquele item não está te fazendo falta, não compre.
Só compre se responder afirmativamente as 3 questões.
 Pesquise preços e peça desconto: pesquisar gera elemento comparativo e base para pedir desconto. Muita gente não pede desconto por vergonha, medo e até mesmo preguiça, mas saiba que as lojas possuem margem para isso e já estão esperando esse comportamento por parte do consumidor.
 Renegocie: isso serve para operadoras de telefonia, internet, anuidade de cartão de crédito, tarifa da conta corrente.
Analise com um cuidado maior a renegociação de dívidas. Pagar juros no longo prazo é muito prejudicial e estamos vivendo um momento de juros altos no país, ou seja, dificilmente serão condições melhores para você nesse momento.

 Invista melhor: quem tem dinheiro investido ou consegue gerar uma sobra mensal precisa potencializar a rentabilidade. Procure sempre diversificar, mas considere as opções atreladas à inflação. Elas fazem com que o seu dinheiro conserve o poder de compra durante os anos.

Ao adotar esse novo padrão de comportamento, você aplicará a educação financeira na sua vida. Terá aprendido a dar mais valor ao seu dinheiro e, dessa forma, agirá com maior inteligência financeira, o que certamente trará resultados positivos no momento presente e mais tranquilidade com relação ao futuro.

Lessandra Tosin
Educadora Financeira
@lessandratosin_oficial