Técnicos da Justiça Eleitoral dizem ser inviável auditar urna com biometria no dia da eleição.
Técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fizeram, a pedido da presidência do tribunal, uma simulação do teste de integridade das urnas com biometria. O teste foi feito em uma sala do tribunal na semana passada e apresentado ao presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes.
O Ministério da Defesa fez uma série de pedidos ao TSE sobre as urnas, alguns já estavam sendo incorporados e outros, como esse da biometria, são vistos pelos técnicos como “inviáveis”. A Defesa quer um teste de integridade com eleitores reais e com biometria para identificar.
Voltar após votar
Técnicos dizem que, na prática, isso é impossível em várias frentes: seria inviável convencer eleitores a voltar após terem votado para ir para o teste de integridade e aguardar a conclusão. Além disso, é impossível também levar a empresa de controle externo para esse tipo de teste no país inteiro.
Eles também dizem que isso criaria um clima de desconfiança no eleitor: “imagine explicar isso a um idoso ou a um eleitor que não entende sobre biometria? Iria gerar desconfiança e dificuldade ao mesmo tempo”, diz um dos técnicos.
O presidente do TSE se reuniu na terça-feira (23) com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e seguem as negociações e diálogos sobre os pedidos da pasta. A decisão caberá a Moraes sobre se atenderá algum pedido.
Nome social
Na eleição deste ano, 36 pessoas registraram “nome social” em candidaturas para os cargos proporcionais —29 se registraram sob o gênero feminino e 7 sob o gênero masculino. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O nome social é um direito conquistado por todas as pessoas que lutam pela troca do nome que representa um gênero com o qual não se identificam, como transgênero, transexuais ou travestis. É a forma pela qual uma pessoa se reconhece e quer ser reconhecido.